Estar grávida pode ser um dos momentos mais felizes da vida de uma mulher. É um momento para novos começos, um tempo de mudança, um período de crescimento para ela e toda a família.
A gravidez e a expectativa de ter um bebê podem realmente ajudar a melhorar a relação da família como um todo. A espera pela chegada do novo integrante coloca toda a família em um estado de encantamento. No processo, os membros da família tendem a se sentir mais próximos um do outro.
Por outro lado, durante esta fase, a mulher constantemente sente e experimenta diferentes pensamentos e sentimentos sobre sua gravidez e seu bebê. Às vezes, ela pode se sentir bem e animada e em alguns dias, ela pode ficar deprimida e irritada, sem muita explicação.
Desafios do Pós-Parto
Essa mudança repentina de sentimentos pode ser considerada normal para outras mulheres, mas pode ser perturbadora não só para a mãe, mas também para o resto da família se esses episódios de tristeza continuarem por longos períodos de tempo.
Neste artigo iremos abordar sobre duas condições pós-parto que algumas mamães enfrentam neste período tão mágico, mas tão delicado de suas vidas.
Baby Blues
Após o parto, a mulher pode experimentar mil pensamentos diferentes sobre o bebê, sejam bons ou ruins. Isso é o que os especialistas chamam de “baby blues” – um momento na vida de uma mulher, geralmente logo após o parto, quando ela sente emoções elevadas em relação ao bebê. Esse estado pode ser sentido pela mulher três a cinco dias após o parto e pode durar até duas semanas, ou talvez até mais.
Neste ponto, a mulher que experimenta o “baby blues” pode chorar mais facilmente do que o habitual, pode ter problemas para dormir, se sentir irritada, ou ela pode simplesmente estar sempre triste e se sentir “no limite” emocionalmente.
O “baby blues” é muito comum e é quase sempre esperado em mães de primeira viagem, porém geralmente não é considerado uma doença, uma vez que após alguns dias ou semanas pode desaparecer. Na maioria dos casos, esse tipo de depressão não interfere na capacidade da mulher de cuidar do bebê.
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Depressão Pós-Parto
No entanto, algumas mulheres podem experimentar esse estado de emoções um pouco mais intenso e por um período mais prolongado, podendo já ser considerado depressão pós-parto, um tipo de depressão que também ocorre após o parto.
Também chamada de depressão não psicótica pós-parto, essa condição afeta cerca de 10 a 20% das mulheres, a maioria dentro de poucos meses após o parto.
Veja quais são os sintomas apresentados por mulheres que sofrem de depressão pós-parto:
- humor deprimido constante
- facilidade de ser levada às lágrimas
- dificuldade de dormir
- falta de apetite
- sem vontade de fazer coisas que gostava de fazer ou qualquer tipo de atividade
- sentimentos de dúvida sobre sua capacidade de ser mãe
- concentração prejudicada
- pensamentos suicidas
Esses sintomas podem ser vistos em uma mulher se ela agir de forma diferente para si mesma e seu bebê também. Ter esse tipo de depressão inclui fatores de risco como depressão grave, estresse psicossocial, transtorno disfórico pré-menstrual e apoio social inadequado.
Além disso, esses sintomas também podem se agravar dependendo do cenário em que a mãe se encontra e seu ambiente externo, como por exemplo o cenário de pandemia que nos encontramos.
Quando uma mulher tem depressão pós-parto, ela pode se preocupar muito com seu bebê, particularmente em relação à sua saúde e bem-estar. Em casos muito raros, mulheres com essa forma de depressão grave podem abrigar pensamentos negativos e prejudiciais sobre seu bebê. Esse tipo de depressão pode interferir na capacidade da mulher de cuidar do bebê, podendo até chegar a um ponto em que os pensamentos suicidas ocorrem.
Grande parte dos cuidados preventivos para a depressão pós-parto implica em se informar plenamente sobre os fatores de risco e efeitos da gravidez e do parto. A consulta regular com o ginecologista obstetra também permitiria que a nova mãe recebesse informações sobre as inúmeras alterações físicas, químicas e hormonais que virão como resultado da gravidez e do parto.
Os médicos sempre desempenharão um papel fundamental na identificação e tratamento desse tipo de depressão. As mulheres devem ser examinadas por seu médico para determinar se estão em risco de adquirir depressão pós-parto, uma vez que isso pode dar-lhes a chance de se prepararem para o parto nos níveis físico, emocional e mental.
Lembre-se…
Cada mamãe terá uma experiência e cada bebê uma personalidade diferente, por isso é importante reconhecer o momento que você está passando e, se necessário, procurar ajuda sem medo de julgamentos.
Estar bem com você mesma e saudável é essencial para cuidar bem do seu bebê!